sábado, 31 de outubro de 2015

BRASIL CARENTE DE LIDERANÇAS


 Miriam Leitão , no artigo  RECUAR JAMAIS, publicado no Jornal O GLOBO , de 25 de outubro 2015, manifesta sua conhecida  repulsa ao estamento militar. Nele, critica o General ANTÔNIO HAMILTON MARTINS MOURÃO, atual Comandante Militar do Sul, por ter proferido palestra/aula  para os jovens do CPOR/Porto Alegre/RS e feito comentários sob os descaminhos éticos e políticos da corrupção brasileira. Afirma, professoralmente e sem rodeios:  “O Brasil avançou muito nos últimos trinta anos.................... Primeiro, escolhemos a democracia e a volta dos militares aos quartéis. Definitivamente”.
Ela quer chefes militares fracos , como freiras enclausuradas no castro,  alienados dos aspectos políticos, esquecendo-se da lapidar frase do Marechal Osório :” A farda não abafa no peito o cidadão”. Deseja chefes eunucos , desprovidos de indignação e honra, que continuem bovinamente assistindo  o país despencar ladeira abaixo , na senda da roubalheira descarada , conduzida por políticos desprezíveis e bandidos que frequentam o esgoto da política, sem qualquer manifestação de inconformidade. Generais são líderes e têm responsabilidades e a história pátria está cheia de exemplos.
A jornalista, que desfruta de espaços generosos da mídia, propositadamente esquece o importante papel dos Chefes  das Forças Armadas Brasileiras, na formação da nossa nacionalidade em fatos relevantes que os compêndios de história registram.
Não tenho procuração do GENERAL MOURÃO e nem ele precisa de mim para defendê-lo. Tenho, sim, orgulho de ser seu subordinado, por testemunhar sua eficaz e oportuna ação de comando, quando esclarece seus comandados sobre os desvios ( morais, éticos, financeiros, etc...) divulgados diariamente pela imprensa, que aviltam os brasileiros honrados.
Com a responsabilidade do alto cargo que ocupa e com a experiência acumulada ao longo de sua brilhante carreira, não só tem o dever, mas a obrigação de alertar seus comandados , como fez recentemente no CPOR de Porto Alegre.
O que incomoda a jornalista e sua grei política  é ver surgir, para alegria da nação,  uma nova liderança nas Forças Armadas , embasada em alicerces e  princípios morais e éticos inatacáveis. O Brasil anseia por governantes com esse perfil e com essa coragem.
Tenho a certeza que parcela expressiva da humilde e necessitada  população brasileira aspira por mudanças e acalenta o sonho de voltar a ser  conduzida por homens honrados. Não aceitam mais corruptos e políticos medíocres que, usando as chicanas da esperteza, só buscam benefício próprio.
A palestra/aula proferida pelo General MOURÃO veio em boa hora e sugere o nascimento de uma nova liderança militar. A salutar  decisão do Marechal CASTELO BRANCO de limitar o tempo de permanência dos generais no serviço ativo, retirou dos quarteis as nefastas discussões político- partidárias e terminou de vez com  caudilhos militares; deixou , entretanto, uma séria lacuna: o desaparecimento de Lideranças Militares autênticas e competentes, tão necessárias nos desastrosos e trágicos dias vividos pelo país.

​​General Reformado CARLOS AUGUSTO FERNANDES DOS SANTOS

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