terça-feira, 30 de agosto de 2016

PENSAMENTO DO DIA!



















segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Espionagem no Brasil e pelo Brasil !

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👍O Brasil dominou a tecnologia do enriquecimento 
do urânio no início dos anos 80 à custa de uma bem montada operação de espionagem. 
A revelação, feita a ISTOÉ, é do almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, que durante 15 anos presidiu a Coordenadoria de Projetos Especiais (Copesp), da Marinha. A Copesp chegou a ter 610 especialistas, que visitaram instituições científicas e mantiveram um intenso intercâmbio com colegas de países que detinham a tecnologia nuclear, entre eles Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, França e Holanda. Aproveitavam para garimpar informações estratégicas. Pelo menos dois engenheiros tiveram amplo acesso a informações que foram fundamentais para o projeto nuclear brasileiro. 


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Assim, o Brasil pôde concluir, em apenas três anos, o processo de transformação do urânio em combustível nuclear.
"O recurso à espionagem não foi uma opção usada apenas no Brasil, pois outros países fizeram o mesmo para alcançar o domínio de uma tecnologia que nenhuma nação cedia", opina outro almirante, Hernani Fortuna, do Centro de Estudos de Política e Estratégia da Escola de Guerra Naval. Fortuna alega que na ocasião era fundamental para o Brasil adquirir o domínio da tecnologia do enriquecimento do urânio, "o que foi negado ao País pelos Estados Unidos e por outras nações".


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Formado em Engenharia Naval pela Politécnica de São Paulo, com especialização no Massachussetts Institute of Technologie (MIT), o almirante Othon Silva se recusa, naturalmente, a dar detalhes da operação de espionagem. Alega que suas declarações poderiam ser usadas num eventual processo internacional contra o Brasil. Cada palavra sua é proferida com extrema cautela. Segundo ele, as oportunidades de acesso a dados relevantes sobre tecnologia nuclear surgiram nos contatos realizados pelos técnicos brasileiros no Exterior. "Tínhamos uma boa equipe que sabia procurar aquilo que nos interessava", explica. 


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Parte do trabalho do almirante era justamente preparar especialistas para que pudessem filtrar as informações de que o projeto necessitava. "Para quem sabe ver, fica mais fácil o trabalho de levantamento de dados. Você chega a um laboratório e já sabe o que interessa", afirma.


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O Brasil havia negociado o acesso da tecnologia de enriquecimento de urânio com a Alemanha em 1975. Na época, porém, os Estados Unidos pressionaram e conseguiram impedir a transferência. O Brasil teve, então, de aceitar a tecnologia alemã do jato centrífugo, que as pesquisas internacionais demonstraram ser economicamente inviável. Uma das desconfianças dos americanos era relacionada com o possível uso da tecnologia nuclear para a produção de artefatos. "No caso do nosso programa esta desconfiança não tinha sentido porque nosso objetivo era usar a tecnologia para fins pacíficos: nunca pensamos em armar os nossos submarinos com ogiva nuclear", afirma Othon.


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A desconfiança dos americanos em relação às reais intenções do Brasil e a preocupação dos Estados Unidos em evitar que o País dominasse a tecnologia nuclear fizeram com que o almirante passasse ele próprio a ser o alvo de espionagem. Othon garante que durante dois anos teve como vizinho um agente de informações do Consulado americano em São Paulo, "um homem ligado à CIA". O militar brasileiro residia na rua Fernão Cardim, 140, apartamento 191, em São Paulo. No oitavo andar, exatamente no apartamento 181, tinha um vizinho chamado Ray H. Allard. 


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Othon Silva conta que havia em São Paulo outros agentes ocultos da CIA à procura de informações do setor nuclear. O agente Allard era, então, usado também para desviar as atenções sobre os outros agentes. Segundo o almirante, Ray H. Allard não tinha nenhum trabalho regular, consistindo a sua única atividade na coleta de informações sobre as atividades da Copesp, que presidia, no gerenciamento do programa nuclear. 


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Na sua avaliação, o governo brasileiro falhou ao não tomar providências no sentido de impedir que as ações de espionagem não fossem devidamente denunciadas ao Departamento de Estado americano ou que Allard cessasse suas atividades. O agente escapou sem problemas. Um relatório confidencial da Marinha, cujo teor o almirante confirma, revela que ele desocupou o apartamento de São Paulo dia 26 de julho de 1994 e voltou aos Estados Unidos. "Seu retorno pode ter tido o objetivo de eliminar provas mais concretas do constrangimento que causou ao presidente da Copesp por mais de dois anos", diz o relatório.🆗👁👋
 

A corrida do átomo

1953 O almirante Álvaro Alberto, pioneiro da energia nuclear no Brasil, negocia a aquisição de três ultracentrífugas da Alemanha com a finalidade de garantir o desenvolvimento da tecnologia completa no Brasil. Mas as ultracentrífugas são arrestadas pela polícia americana na Alemanha.

1975 O governo Geisel assina o acordo nuclear com a Alemanha, com um projeto ambicioso de construção de oito usinas nucleares, ao custo de US$ 30 bilhões. Os alemães prometem transferir tecnologia para o País fazer o combustível nuclear através do urânio. Mas a pressão americana faz com que a tecnologia adotada seja a do "jet-nozzle" (jato centrífugo), que se revelou economicamente inviável.

1976 O Instituto Militar de Engenharia desenvolve um projeto nuclear com a finalidade de proporcionar ao País o acesso à tecnologia. Este projeto evolui, com a criação da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Exército, para pesquisas destinadas à produção de um reator a gás/grafite, com fins pacíficos.


1976 O Centro Técnico Aeroespacial (CTA) da Aeronáutica inicia estudos para o enriquecimento do urânio através do laser, que evoluíram para pesquisas com a mesma finalidade que ainda são realizadas.

1977 Com apoio do Conselho de Segurança Nacional e da área de informações é desenvolvido um projeto para a produção de uma bomba atômica, capaz de garantir ao País um status internacional de potência nuclear. O projeto não obtém apoio suficiente nem do governo Geisel nem do governo Figueiredo. Um dos mais secretos do regime, o programa da bomba atômica é confirmado, em 1980, pelo então ministro da Aeronáutica, Délio Jardim de Mattos, em reunião reservada com seu colega da Marinha, almirante Maximiano da Fonseca.

1979 O ministro da Marinha, Maximiano da Fonseca, envia oficiais ao Exterior, inclusive o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, para estudar o desenvolvimento da tecnologia de propulsão naval de submarinos. O almirante Othon retorna dos Estados Unidos e consegue apoio da USP para recrutar cientistas e estruturar a Coordenadoria de Projetos Espaciais.

1982 Técnicos da Marinha e da USP conseguem fazer o enriquecimento do urânio em experiência feita na universidade, que surpreendeu a comunidade científica do País.

1987 É feito o anúncio oficial do êxito da experiência, e o Brasil passa a ser o primeiro País do Terceiro Mundo a dominar a tecnologia atômica.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

TINHA QUE SER NO DIA DO SOLDADO!


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Perdão, Duque de Caxias. Mas neste Dia do Soldado, em homenagem ao Exército de Luiz Alves de Lima e Silva, a "Coração Valenta" Dilma Rousseff entra nos finalmentes, depois de muitos e cansativos entretantos - como diria Odorico Paraguaçu - o lendário prefeito da imaginária Sucupira. A Comandanta em chefa rogou, para alegria da tropa. O ritmo é no grito, bem alto, de: Ordinária... marcha!!!!!!!!!!!!! - com 13 exclamações...

Curiosamente, a Presidenta do Brasil não sofreu um golpe dado por Generais que ela maltrata sempre que pode. Simbolicamente, é como se a incompetanta Dilma tivesse tomado um pé na bunda dado pelo Sargento Tainha (imageneticamente representando o povo irado, insatisfeito e prejudicado pelo desgoverno com roubalheira, inflação, desemprego e insegurança de toda espécie). Recruta Zero foi rebaixada: virou menos 13...


Se houve "golpe" - como a petelândia tem a cara de pau de gritar para o mundo afora -, foi a equipe comandada por Dilma/Lula quem agiu de forma golpista. Formalmente, Dilma se tornou ré por ter dado o (pequeno?) golpe técnico da "pedalada fiscal". Perante a lei, Dilma cometeu a ilegalidade de usar empresas de economia mista para "emprestar" dinheiro ao Tesouro Nacional, a fim de mascarar rombos nas contas públicas. Dilma começa hoje a ser julgada por este delito menor. Escapam, por enquanto, de um julgamento pelo Legislativo e pelo Judiciário seus delitos maiores: a incompetência e as evidências de, no minimo, conivência com a roubalheira institucionalizada.

Vale repetir por 13 x 13: Embora o desgoverno do PT tenha sido o mais incompetente, prejudicial e corrupto dos últimos treze anos, Dilma não está sendo saída por crimes de corrupção. Esta é a ironia macabra da mal contada História do Brasil. Arrancou-se do poder a Dilma eleita e reeleita pelo voto popular. No entanto, o cinismo e a canalhice institucional tupiniquim manterão no trono do Palácio do Planalto o vice eleito e reeleito juntinho com Dilma. Na prática, altera-se a forma. Dilma dança. Porém, permanece o conteúdo. Michel Temer herda plenos poderes para seguir em frente com o plano macabro de manutenção do Brasil como mera colônia de exploração a serviço dos esquemas globalitários de poder.

Apesar da fama de memória curtíssima, o povo brasileiro ainda se lembra, direitinho, que Michel Temer é do PMDB. Até outro dia ele mesmo presidia o partido que, na dura vida real, consegue ser tão e muito mais corrupto que o Partido dos Trabalhadores e sua cúpula cheia de vagabundos na cadeia ou prestes a ir encarcerada. Eis o drama de Bruzundanga. Dilma é detonada. No entanto, o crime institucionalmente organizado continua no poder. Mais uma vez, apesar da pressão e vontade popular manifestada nas ruas e nas redes sociais, não promovemos as mudanças necessárias a um Brasil próspero, desenvolvido e politicamente civilizado, com uma economia produtiva. Seguimos sob império do Capimunismo rentista que nos controla de fora para dentro.

Notícia estrategicamente boa? Estamos em pleno começo de uma guerra institucional de todos contra todos. A batalha, literalmente intestina, vai se aprofundar. A saída de Dilma é apenas uma ilusão. Temer herda todos os problemas - com alto risco de agravá-los. O velho-novo Presidente espera se manter no poder com o apoio do "deus" mercado - um ente fictício que tem humor mais volátil que gasolina pura no fogo do inferno. Temer acena aos especuladores daqui e de fora com promessas de futuros grandes negócios em privatizações, parcerias público-privadas ou concessões, além da chance de compra, venda, fusão e aquisição, na bacia das almas e a preço bem baratinho, de empresas brasileiras ou setores estratéticos.

Notícia taticamente ruim? Este 25 de agosto também comemora outra efeméride: o Dia do Feirante. Não é à toa que, na feira livre do Congresso Nacional, só se tenham oficialmente computados, clara e livremente declarados, apenas 51 dos 54 votos necessários de senadores para a derrubada final de Dilma Rousseff. Até outro dia, a conta do impeachment fechava em 59 ou 60 votos. O quórum baixo até o juízo final dá a Dilma uma vã esperança de salvação. Mas isso não passa de ilusão. Os parlamentares, que se fingem indecisos, estão apenas negociando o voto, por valor cada vez mais alto. Assim funciona a "feira-livre" da politicagem tupiniquim.

O roteiro da queda já está fechado. Não adianta mais Dilma renunciar. Ela perdeu o timming para tirar o time, antes de se tornar ré. A Presidenta será julgada e condenada, ficando 8 anos com direitos políticos suspensos. No dia 29, Dilma terá a grande chance de esculhambar com alguns senadores que ela julgar "traidores". Tudo indica que no dia 30 já esteja formalizada sua saída. No dia primeiro dia de setembro, Temer já tem pronto um discursinho triunfal de no máximo cinco minutos, porque a impopularidade ainda é altíssima. Depois, o terreno fica escancarado para o Presidente assimir e partir correndo para negociar pesado com os capimunistas chineses. Logo em seguida, participa da reunião globalitária na qual o G-20 definirá o que deseja da colônia de Bruzundanga.

O que motivará a comemoração da falsa Independência, em 7 de setembro? Só se for o desfile militar para celebrar as medalhas ganhas por oficiais-atletas na Rio 2016... No mais, temos muita mudança efetiva a promover no Brasil... E Temer terá muita oposição para conciliar. A petelândia vai infernizá-lo do jeito que puder e sabe fazer muito bem. Mas o grande problema do novo Presidente será com o PSDB. Agora fingindo-se aliados, os tucanos vão saltar do galho e descer o pau em Temer. A explicação é simples: a social democracia transnacional, prima-irmã do Foro de São Paulo, prefere não fazer negócio com o PMDB, embora o partido esteja no poder desde o "Golpe de 1985" que botou José Sarney na Presidência, em vez de fazer nova eleição (indireta) para definir o sucessor do falecido Tancredo Neves.

Enfim, a previsão é de instabilidade. Se Temer não resolver a economia no curto prazo, também será saído rapidinho, talvez até pior que a Dilma - ferrada pela tragédia na economia e pela lei de responsabilidade fiscal.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

FOTOS ANTIGAS DOS ESTADOS UNIDOS


Um passeio curioso e pitoresco por algumas cidades norte-americanas no in​ício do s​é​culo passado.




S​ã​o  fotos americanas antigas. Me pareceram cidades    evoluídas e modernas  (para  a  época) 
e  gente demais  na rua​...​



Fotografias profissionais extremamente nítidas,
Não existiam rolos fotográficos nem câmeras digitais.
As imagens eram captadas em placas de vidro,
com câmeras de abertura mínima,
e temporizada manualmente
para obter uma exposição ideal.
A revelação era difícil,
sendo necessário cuidado 
para não partir as placas de vidro!

                                                                                             
1.
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Woodward Avenue, Detroit, Michigan, in 1917.

2.
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Atlantic City, 1910.

                                           
3.
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 Memphis, north of Avenue Gayoso, 1910.

4.
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Station “Louisville-Nashville” , Florida, in 1910.

 5.
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Forsyth Street, Jacksonville, Florida, in 1910.


6.
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The beach in Atlantic City, 1915.

7.
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Grande Avenida após terremoto em São Francisco /1906.

8.
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Charretes para transporte Thompson's Dairy, Washington,1927.

9.
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Washington, D.C., 1914.


10.
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Cadillac Square, Detroit, Michigan, 1916.

11.
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Ninth Street, Washington, D.C., 1915.

12.
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I wouldn't want to walk across this street in a longdress.

13.
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Corner of 5th Avenue and 42nd Street, New York, 1910.

14.
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Broad Street north of Spruce Street, Philadelphia, 1905.
Note the equine 'gifts'left in the cobblestone street.

15.
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View of Manhattan Bridge from Brooklyn in 1909.

 16.
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Fire at 55th Street, New York, 1914.

17.
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Fifth Avenue, New York,1913.
Note the city 'cab' at the curbside of the bus, 
& another 100 ft. back

18.
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Wabash Avenue, Chicago,1907.
3 different piano/organ Co.'s are visible.

19.
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The New York PublicLibrary, New York, 1915.
Such a spectacularstructure!
Didn't realize they had4-laners in those days.

20.
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Wall Street, New York, 1911.
Less than 20 years away from the collapse of prosperity.
The 2 sidewalks together are as wide as the street in this pic.
Strangely...only 2flags are flying.

21.
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Fifth Avenue, New York, 1913.
It was Easter Sunday, look at those top hats!

22.
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Courthouse & adjoining jail in Manhattan, 1907.

23.
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The northern part of Fifth Avenue, New York, 1913.
Just prior to Easter parade. Look at the crowds and traffic jams.

24.
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New York City Hall.
Horses must have suffered on these cobblestone streets.

25.
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Dexter Avenue and theCapitol, Montgomery, Alabama, 1906.

     Really wide street. 6 lanes?, and it's practically empty.

26.
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Valnut Street, Cincinnati, Ohio, 1910(that's Walnut Street)
Love theawnings.

27.
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Washington, D.C., 1913.                 
Possible Daughter's of Union Veterans parade ?

28.
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Broadway, “The Times”building in background, New York,1915.


segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Acupuntura e reiki agora têm explicação científica


Pesquisadores avaliam efeitos e mecanismo de terapias alternativas em animais de laboratório

por Bruna Bernacchio

Pesquisas recentes comprovam efeitos benéficos e até encontram explicações científicas para acupuntura e reiki. 
Estudos sobre o assunto, antes restritos às universidades orientais, ganharam espaço entre pesquisadores americanos, europeus e até brasileiros. Recentemente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) criou uma denominação especial para esses métodos: são as terapias integrativas.


Acupuntura
Um artigo sobre o mecanismo da acupuntura contra a dor foi publicado por pesquisadores da Universidade de Rochester na revista Nature Neuroscience em 30 de maio. Criada há quatro mil anos, a prática consiste na aplicação de agulhas em pontos do corpo. Pela explicação tradicional, ela ativa determinadas correntes energéticas para equilibrar a energia do organismo.

Cientificamente, as agulhas teriam efeitos no sistema nervoso central (cérebro e espinha dorsal). As células cerebrais são ativadas e liberam endorfina, um neurotransmissor responsável pela sensação de relaxamento e bem-estar. O estudo dos nova-iorquinos descobriu uma novidade: a terapia, que atinge tecidos mais profundos da pele, teria efeitos no sistema nervoso periférico. As agulhas estimulam também a liberação de outro neurotransmissor, a adenosina, com poder antiinflamatório e analgésico.

No experimento com camundongos com dores nas patas, cientistas aplicavam as agulhas no joelho do animal. Eles constataram que o nível de adenosina na pele da região era 24 vezes maior do que o normal e que houve uma redução do desconforto em dois terços.

A equipe tentou potencializar a eficácia da terapia, colocou um medicamento usado para tratar câncer nas agulhas. A droga aprimorou o tratamento: o nível de adenosina  e a duração dos efeitos no organismo dos aniamis praticamente tripliquase triplicou e o tempo de duração dos efeitos no organismo dos ratos também triplicou. Mas este método não poderia ser feito em humanos porque o medicamento ainda não é usado clinicamente. “O próximo passo é testar a droga em pessoas, para aperfeiçoá-la ou para encontrar outras drogas com o mesmo efeito”, diz Maiken Nedergaard, coordenadora do estudo.


Reiki
Seus praticantes acreditam nos efeitos benéficos da energia das mãos do terapeuta colocadas sobre o corpo do paciente contra doenças. Para entender as alterações biológicas do reiki, o psicobiólogo Ricardo Monezi testou o tratamento em camundongos com câncer. “O animal não tem elaboração psicológica, fé, crenças e a empatia pelo tratador. A partir da experimentação com eles, procuramos isolar o efeito placebo”, diz. Para a sua pesquisa na USP, Monezi escolheu o reiki entre todas as práticas de imposição de mãos por tratar-se da única sem conotação religiosa.
No experimento, a equipe de pesquisadores dividiu 60 camundongos com tumores em três grupos. O grupo controle não recebeu nenhum tipo de tratamento; o grupo “controle-luva” recebeu imposição com um par de luvas preso a cabos de madeira; e o grupo “impostação” teve o tratamento tradicional sempre pelas mãos da mesma pessoa.Imposição de mãos nos grupos "Controle-Luva" e "Impostação", respectivamente. 
Depois de sacrificados, os animais foram avaliados quanto a sua resposta imunológica, ou seja, a capacidade do organismo de destruir tumores. Os resultados mostraram que, nos animais do grupo “impostação”, os glóbulos brancos e células imunológicas tinham dobrado sua capacidade de reconhecer e destruir as células cancerígenas.
“Não sabemos ainda distinguir se a energia que o reiki trabalha é magnética, elétrica ou eletromagnética. Os artigos descrevem- na como ‘energia sutil’, de natureza não esclarecida pela física atual”, diz Monezi. Segundo ele, essa energia produz ondas físicas, que liberam alguns hormônios capazes de ativar as células de defesa do corpo. A conclusão do estudo foi que, como não houve diferenças significativas nos os grupos que não receberam o reiki, as alterações fisiológicas do grupo que passou pelo tratamento não são decorrentes de efeito placebo.

A equipe de Monezi começou agora a analisar os efeitos do reiki em seres humanos. O estudo ainda não está completo, mas o psicobiólogo adianta que o primeiro grupo de 16 pessoas, apresenta resultados positivos. “Os resultados sugerem uma melhoria, por exemplo, na qualidade de vida e diminuição de sintomas de ansiedade e depressão”. O trabalho faz parte de sua tese de doutorado pela Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp).


E esses não são os únicos trabalhos desenvolvidos com as terapias complementares no Brasil. A psicobióloga Elisa Harumi, avalia o efeito do reiki em pacientes que passaram por quimioterapia; a doutora em acupuntura Flávia Freire constatou melhora de até 60% em pacientes com apnéia do sono tratados com as agulhas, ambas pela Unifesp. A quantidade pesquisas recentes sobre o assunto mostra que a ciência está cada vez mais interessada no mecanismo e efeitos das terapias alternativas.