sábado, 27 de julho de 2013

Para meditar:Dez pensamentos políticos do papa Francisco I

  1. "Talvez esteja cometendo um pecado contra a cidadania.  Depois, além do mais, fiz 70 anos e já não tenho obrigação de votar. É discutível se é correto não votar, mas afinal sou pai de todos e não devo me filiar politicamente. Reconheço que é difícil se abstrair do clima eleitoral quando se aproximam as eleições, especialmente quando alguns vêm bater à porta da arquidiocese para dizer que são os melhores. Como sacerdote, diante de uma eleição, mando ler as plataformas para que os fiéis escolham. No púlpito, tomo bastante cuidado, limito-me a pedir que busquem os valores, nada mais".
  2. - "A política é uma atividade nobre. É preciso revalorizá-la, exercendo-a com vocação e uma dedicação que exige testemunho, martírio. Ou seja, morrer pelo bem comum".
  3. - "Somos todos animais políticos, no sentido amplo da palavra política. Todos somos chamados a uma ação política de construção em nosso povo. A pregação dos valores humanos, religiosos, tem uma conotação política. Gostemos ou não, tem. O desafio de quem prega está em acentuar esses valores sem se imiscuir na pequenez da política partidária".
  4. - "Todos temos tendência a ser corruptos. Quando um policial para um motorista por excesso de velocidade, é provável que a primeira frase que se escute seja 'vamos dar um jeito'. Está dentro de nós, temos que lutar contra essa tendência à recomendação, ao jeitinho, a tentar ser o primeiro da lista. Temos a idiossincrasia do suborno".
  5. - "O desprestígio do trabalho político precisa ser revertido, porque a política é uma forma mais elevada de caridade social. O amor social se expressa no trabalho político para o bem comum".
  6. - "Já dizia Platão em A República: a retórica - que viria a ser a estética - é para a política o que a cosmética é para a saúde. Saímos do essencial para o estético, endeusamos a estatística e o marketing".
  7. - "Não é ruim quando a religião dialoga com o poder político, o problema é quando se associa a ele para fazer negócios por baixo do pano. E na história argentina acho que houve de tudo".
  8. - "A globalização que uniformiza é essencialmente imperialista e instrumentalmente liberal, mas não é humana. Em última instância, é uma maneira de escravizar os povos. É preciso salvaguardar a diversidade na unidade harmoniosa da humanidade. Um povo tem que manter sua identidade e, ao esmo tempo, integrar-se com os outros".
  9. - "O cristianismo condena com a mesma força tanto o comunismo quanto o capitalismo selvagem. Existe uma propriedade privada, mas com a obrigação de socializá-la em parâmetros justos".
  10. - "Todos pensam que a Igreja é contra o comunismo; mas é tão contra esse sistema quanto do liberalismo econômico de hoje, selvagem. Isso também não é cristianismo, não podemos aceitá-lo. Temos que buscar a igualdade de oportunidades e de direitos, lutar por benefícios sociais, aposentadoria digna, férias, descanso, liberdade de associação. Todas essas questões dizem respeito à justiça social".

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