quinta-feira, 25 de agosto de 2016

TINHA QUE SER NO DIA DO SOLDADO!


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Perdão, Duque de Caxias. Mas neste Dia do Soldado, em homenagem ao Exército de Luiz Alves de Lima e Silva, a "Coração Valenta" Dilma Rousseff entra nos finalmentes, depois de muitos e cansativos entretantos - como diria Odorico Paraguaçu - o lendário prefeito da imaginária Sucupira. A Comandanta em chefa rogou, para alegria da tropa. O ritmo é no grito, bem alto, de: Ordinária... marcha!!!!!!!!!!!!! - com 13 exclamações...

Curiosamente, a Presidenta do Brasil não sofreu um golpe dado por Generais que ela maltrata sempre que pode. Simbolicamente, é como se a incompetanta Dilma tivesse tomado um pé na bunda dado pelo Sargento Tainha (imageneticamente representando o povo irado, insatisfeito e prejudicado pelo desgoverno com roubalheira, inflação, desemprego e insegurança de toda espécie). Recruta Zero foi rebaixada: virou menos 13...


Se houve "golpe" - como a petelândia tem a cara de pau de gritar para o mundo afora -, foi a equipe comandada por Dilma/Lula quem agiu de forma golpista. Formalmente, Dilma se tornou ré por ter dado o (pequeno?) golpe técnico da "pedalada fiscal". Perante a lei, Dilma cometeu a ilegalidade de usar empresas de economia mista para "emprestar" dinheiro ao Tesouro Nacional, a fim de mascarar rombos nas contas públicas. Dilma começa hoje a ser julgada por este delito menor. Escapam, por enquanto, de um julgamento pelo Legislativo e pelo Judiciário seus delitos maiores: a incompetência e as evidências de, no minimo, conivência com a roubalheira institucionalizada.

Vale repetir por 13 x 13: Embora o desgoverno do PT tenha sido o mais incompetente, prejudicial e corrupto dos últimos treze anos, Dilma não está sendo saída por crimes de corrupção. Esta é a ironia macabra da mal contada História do Brasil. Arrancou-se do poder a Dilma eleita e reeleita pelo voto popular. No entanto, o cinismo e a canalhice institucional tupiniquim manterão no trono do Palácio do Planalto o vice eleito e reeleito juntinho com Dilma. Na prática, altera-se a forma. Dilma dança. Porém, permanece o conteúdo. Michel Temer herda plenos poderes para seguir em frente com o plano macabro de manutenção do Brasil como mera colônia de exploração a serviço dos esquemas globalitários de poder.

Apesar da fama de memória curtíssima, o povo brasileiro ainda se lembra, direitinho, que Michel Temer é do PMDB. Até outro dia ele mesmo presidia o partido que, na dura vida real, consegue ser tão e muito mais corrupto que o Partido dos Trabalhadores e sua cúpula cheia de vagabundos na cadeia ou prestes a ir encarcerada. Eis o drama de Bruzundanga. Dilma é detonada. No entanto, o crime institucionalmente organizado continua no poder. Mais uma vez, apesar da pressão e vontade popular manifestada nas ruas e nas redes sociais, não promovemos as mudanças necessárias a um Brasil próspero, desenvolvido e politicamente civilizado, com uma economia produtiva. Seguimos sob império do Capimunismo rentista que nos controla de fora para dentro.

Notícia estrategicamente boa? Estamos em pleno começo de uma guerra institucional de todos contra todos. A batalha, literalmente intestina, vai se aprofundar. A saída de Dilma é apenas uma ilusão. Temer herda todos os problemas - com alto risco de agravá-los. O velho-novo Presidente espera se manter no poder com o apoio do "deus" mercado - um ente fictício que tem humor mais volátil que gasolina pura no fogo do inferno. Temer acena aos especuladores daqui e de fora com promessas de futuros grandes negócios em privatizações, parcerias público-privadas ou concessões, além da chance de compra, venda, fusão e aquisição, na bacia das almas e a preço bem baratinho, de empresas brasileiras ou setores estratéticos.

Notícia taticamente ruim? Este 25 de agosto também comemora outra efeméride: o Dia do Feirante. Não é à toa que, na feira livre do Congresso Nacional, só se tenham oficialmente computados, clara e livremente declarados, apenas 51 dos 54 votos necessários de senadores para a derrubada final de Dilma Rousseff. Até outro dia, a conta do impeachment fechava em 59 ou 60 votos. O quórum baixo até o juízo final dá a Dilma uma vã esperança de salvação. Mas isso não passa de ilusão. Os parlamentares, que se fingem indecisos, estão apenas negociando o voto, por valor cada vez mais alto. Assim funciona a "feira-livre" da politicagem tupiniquim.

O roteiro da queda já está fechado. Não adianta mais Dilma renunciar. Ela perdeu o timming para tirar o time, antes de se tornar ré. A Presidenta será julgada e condenada, ficando 8 anos com direitos políticos suspensos. No dia 29, Dilma terá a grande chance de esculhambar com alguns senadores que ela julgar "traidores". Tudo indica que no dia 30 já esteja formalizada sua saída. No dia primeiro dia de setembro, Temer já tem pronto um discursinho triunfal de no máximo cinco minutos, porque a impopularidade ainda é altíssima. Depois, o terreno fica escancarado para o Presidente assimir e partir correndo para negociar pesado com os capimunistas chineses. Logo em seguida, participa da reunião globalitária na qual o G-20 definirá o que deseja da colônia de Bruzundanga.

O que motivará a comemoração da falsa Independência, em 7 de setembro? Só se for o desfile militar para celebrar as medalhas ganhas por oficiais-atletas na Rio 2016... No mais, temos muita mudança efetiva a promover no Brasil... E Temer terá muita oposição para conciliar. A petelândia vai infernizá-lo do jeito que puder e sabe fazer muito bem. Mas o grande problema do novo Presidente será com o PSDB. Agora fingindo-se aliados, os tucanos vão saltar do galho e descer o pau em Temer. A explicação é simples: a social democracia transnacional, prima-irmã do Foro de São Paulo, prefere não fazer negócio com o PMDB, embora o partido esteja no poder desde o "Golpe de 1985" que botou José Sarney na Presidência, em vez de fazer nova eleição (indireta) para definir o sucessor do falecido Tancredo Neves.

Enfim, a previsão é de instabilidade. Se Temer não resolver a economia no curto prazo, também será saído rapidinho, talvez até pior que a Dilma - ferrada pela tragédia na economia e pela lei de responsabilidade fiscal.

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