Quando a Suécia se candidatou à sede das Olimpíadas de Inverno de 2022, não parou para pensar nos altos valores que teriam que investir em toda a estrutura que uma Olimpíada demanda, como a construção de arenas esportivas até vilas olímpicas, para hospedar atletas e comissões de todo o mundo.
O orçamento previsto para a realização dos jogos era de aproximadamente R$3,6 bilhões, mas os políticos suecos acreditavam que este valor subiria após o início das obras, e muito. Para se ter uma ideia, as Olimpíadas do Rio já custam R$10,4 bilhões a mais do orçamento inicial, sendo que 60% advém da iniciativa privada e 40% deste valor é dinheiro público, ou seja, somos nós que pagamos a conta.Pois no início de 2014, apenas 3 meses após a candidatura sueca,um comitê, apoiado pelo prefeito
de Estocolmo e pelo primeiro-ministro Fredrik Reinfeldt, realizou uma votação entre os partidos políticos locais e decidiu retirar a candidatura pela disputa para receber o evento.
Conforme divulgado,
três argumentos centrais orientaram a decisão: a cidade tem prioridades mais importantes, a conta dos gastos para realizar o evento na cidade seria alta demais, e um eventual prejuízo com a olimpíada seria coberto com dinheiro público.
três argumentos centrais orientaram a decisão: a cidade tem prioridades mais importantes, a conta dos gastos para realizar o evento na cidade seria alta demais, e um eventual prejuízo com a olimpíada seria coberto com dinheiro público.
“Não posso recomendar à Assembleia Municipal que dê prioridade à realização de um evento olímpico. Temos outras necessidades, como a construção
de mais moradias populares“, contou o prefeito Sten Nordin à BBC.
de mais moradias populares“, contou o prefeito Sten Nordin à BBC.
O secretário do Meio-Ambiente,
Per Ankersjö, também defendeu a retirada da candidatura. “Os cidadãos que pagam impostos exigem de seus políticos mais do que previsões otimistas e boas intuições [sobre o orçamento].
Não é possível conciliar um projeto de sediar os Jogos Olímpicos com as prioridades de Estocolmo em termos de habitação,desenvolvimento e providência social“, disse.
Per Ankersjö, também defendeu a retirada da candidatura. “Os cidadãos que pagam impostos exigem de seus políticos mais do que previsões otimistas e boas intuições [sobre o orçamento].
Não é possível conciliar um projeto de sediar os Jogos Olímpicos com as prioridades de Estocolmo em termos de habitação,desenvolvimento e providência social“, disse.
E Estocolmo não foi a primeira cidade a desistir de sediar o evento olímpico. Munique seguiu pelo mesmo caminho ainda em 2013 quando, através de um referendo popular, 52% dos moradores decidiram dizer “não” ao evento. Segundo a imprensa alemã, a rejeição também foi motivada pelos custos elevados da organização do evento. Cracóvia, Oslo e Lviv também voltaram atrás e abriram mão do evento que irá acontecer em 2022, com local agora já confirmado. Será em Pequim, na China, uma das duas cidades que se manteve firme na candidatura até o fim, junto com Almaty, no Cazaquistão.
A próxima Olimpíada de Inverno acontece em 2018 em Pyeongchang, na Coreia do Sul.
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