Ser uma estrela de Hollywood requer talento e boa aparência, além de resiliência para aguentar as duras críticas. Muitos dos ícones do cinema não tiveram problemas em tolera-las, no entanto, porque passaram por coisas muito piores.
Veja algumas histórias trágicas de famosos hollywoodianos:
10. Marlon Brando
Marlon Brando nasceu em 1924 em Omaha, EUA, mas a família viveu a maior parte dos primeiros anos de sua vida em Illinois. A mãe de Marlon, Dodie, era uma alcoólatra que, como o próprio Brando colocou, “preferia ficar bêbada a cuidar de nós”. O pai de Marlon, também chamado Marlon, era um caixeiro-viajante que manteve a família economicamente confortável, mas era frio e grosso. “O jovem Brando viu brutalidade em seu pai e autoabuso em sua mãe”, afirma o psiquiatra Gary Lefer. Frannie Brando, uma das duas irmãs de Marlon, lembra: “Em nossa casa, havia culpa, vergonha e castigo que, muitas vezes, não tinha relação com o ‘crime’, e eu acho que o sentimento de injustiça nos marcou profundamente”.
Apesar disso, ou talvez por causa de sua negligência, Marlon se esforçou para ganhar a atenção de sua mãe, aprendendo a tocar suas músicas favoritas no piano para animá-la. Enquanto isso, o Marlon pai era abusivo, comentando depreciativamente tudo sobre o filho, desde a sua postura até seu comportamento e a maneira como falava. Brando afirma que não recebeu um único elogio de seu pai. Quando adolescente, teve que sair à procura de sua mãe nos bares de Skid Row, em Chicago, muitas vezes recebendo chamadas da polícia para vir buscá-la. Quando fez 14 anos, separou uma violenta discussão entre seus pais, ameaçando matar seu pai se ele machucasse Dodie novamente.
Em uma antiga tradição de crianças vítimas de abuso em todos os lugares, Marlon foi enviado para uma escola militar. Ele escreveu muitas cartas a seus pais, mas nunca foi respondido. Essa decisão do pai não foi de todo ruim, no entanto. A academia militar foi onde o talento prodigioso de Brando foi descoberto e incentivado por um de seus professores de inglês. Ele logo encontrou o seu caminho até Nova York e Stella Adler. O resto é história.
9. Louise Brooks
“Não existe Garbo! Não existe Dietrich! Existe apenas Louise Brooks!”. Como exclamou Henri Langlois, Louise Brooks foi uma força da natureza. Sua beleza alcançou o estrelato no filme carregado de erotismo de 1929, “Caixa de Pandora”. Aos 15 anos, Brooks deixou seu estado natal, Kansas, para Nova York. Ela treinou com Martha Graham e apareceu no filme “Ziegfeld Follies”. Como era costume durante esse período de tempo, era esperado que novas atrizes e dançarinas de Nova York “entretivessem” seus benfeitores, que lhes davam papéis no cinema e presentes caros em troca.
Um homem rico chamado Lord Beaverbrook se apaixonou por Louise, pagando por seu quarto caro no Algonquin Hotel e enchendo-a de presentes. Apesar de sua atenção, Louise continuou vendo vários outros homens. Tantos que um funcionário do hotel descreveu seu quarto como um “bordel” e a gerência a expulsou de lá. Sua reputação em Nova York era a de uma “vampira ninfomaníaca”. Brooks afirmou que nunca amou ninguém: “Se eu tivesse amado um homem, eu poderia ter sido fiel a ele? Poderia ele ter confiado em mim para além de uma porta fechada? Eu duvido”, disse uma vez.
Muito mais tarde na vida, Louise revelou que, com nove anos, foi molestada por um homem de 45 anos de idade em seu bairro. Brooks disse: “Eu sempre quis saber qual o efeito que isso teve na minha vida. Deve ter tido muito a ver com a formação minha atitude para com o prazer sexual”. A mãe de Brooks era fria e nunca quis ter filhos. Quando Brooks lhe contou que tinha sido violada, sua mãe achou que era culpa de Louise por ter “provocado” o homem.
Depois de se tornar uma estrela mundial, Brooks foi assombrada por escolhas profissionais ruins e uma “reputação” dentro de Hollywood. Ela passou a ser uma “mulher mantida” em Nova York, depois de passar por Wichita e Paris. Apesar de ter caído na obscuridade, vira e mexe é “redescoberta” por críticos que elogiam seu talento. Ela morreu em 1985.
8. Charlie Chaplin
Charlie nasceu na Inglaterra em 1889. Sua mãe, Hannah, era uma cantora e costureira que provavelmente também trabalhava como prostituta para ajudar nas despesas. Charlie não sabia quem era seu pai de verdade. Na verdade, ele era um dos três filhos nascidos de Hannah de três pais diferentes. O pai do último bebê o tirou da mulher, alegando que ela era uma mãe incapaz. Hannah se esforçou para prover para Charlie e seu irmão mais velho, Sydney, mas eles viviam em tamanha pobreza que a máquina de costura de Hannah foi tomada por falta de pagamento. Apesar das circunstâncias, Charlie amava sua mãe, dizendo que ela era “a mulher mais esplêndida que ele já tinha conhecido”.
Eventualmente, a família entrou para uma casa de correção. Charlie e seu irmão mais velho foram transferidos para uma escola para crianças órfãs e destituídas, e separados pela primeira vez por causa de sua diferença de idade. “Minha infância terminou aos sete anos”, Chaplin disse sobre este período de sua vida. Ele desenvolveu micose e foi chicoteado por mau comportamento. A mãe não apareceu para visitá-lo por quase um ano, o que lhe magoou profundamente. Quando finalmente surgiu, já mostrava sinais de doença mental. Pensava-se que ela poderia ter sífilis, doença que pode atacar o cérebro.
Hannah foi enviada para um asilo quando se tornou incoerente e violenta. Charlie tinha cerca de 11 anos e Sydney 17. As autoridades forçaram as crianças ao cuidado do pai de Chaplin e sua amante, Louise, mesmo que os adultos não tivessem nenhum interesse na criação dos moleques. Dentro de um ano, Charlie se juntou a um grupo de dançarinos profissionais, tornou-se um artista e nunca mais olhou para trás. O escultor da estátua de Chaplin em Leicester Square afirmou que ele tinha “o tórax pouco desenvolvido de uma criança mal alimentada”, depois de ver suas medidas exatas. Apesar da terrível pobreza, Chaplin usou seu histórico da melhor maneira possível criando seu personagem mais famoso, o Tramp, o que lhe trouxe milhões de dólares e aclamação mundial.
7. Jane e Peter Fonda
Do lado de fora, Jane e Peter Fonda parecem ter tudo. Eles nasceram em um lar rico como os filhos do ícone do cinema Henry Fonda, são lindos, talentosos e bem sucedidos. No entanto, suas vidas foram profundamente afetadas por uma infância disfuncional. Henry, apesar de sua capacidade de se conectar com milhões na tela, era emocionalmente distante e severo com a família. “Uma abundância de críticas, mas nenhum elogio” é como Peter Fonda refere-se ao estilo parental do pai. Ele só falava sobre a aparência de Jane se fosse para dizer que estava gorda ou com uma roupa muito curta.
A mãe de ambos, a socialite Frances, entrava e saía de hospitais com depressão. Depois que Peter nasceu, desenvolveu sintomas de transtorno bipolar. Passava semanas em um estado maníaco até que se voltava à escuridão de seu quarto, se fechando a todos, exceto o filho, que era o seu favorito. Ela também era obcecada com seu peso, dizendo a jovem Jane que se ganhasse quilinhos extras, iria cortá-los com uma faca. Jane acabou lutando contra a bulimia por muitos anos.
Quando Peter tinha 10 anos e Jane 12, Frances foi internada em um hospital psiquiátrico depois que Henry pediu o divórcio. Logo, cometeu suicídio cortando sua própria garganta. Henry mentiu sobre sua morte aos filhos, dizendo que Frances tinha sofrido um ataque cardíaco. Jane descobriu a verdade em um artigo de revista.
Enquanto Henry estava em sua lua de mel com sua terceira esposa menos de um ano após a morte de Frances, Peter deu um tiro no seu próprio abdômen com uma pistola calibre 22, mas sobreviveu. Anos mais tarde, durante uma viagem de ácido com os Beatles, Peter recontou a história que inspirou a letra “Eu sei o que é estar morto” da música “She Said She Said” da banda. Já Jane passou a maior parte de sua vida tentando agradar os homens, não percebendo que merecia ser tratada com respeito, até seu divórcio de Ted Turner em 2001. Hoje, ambos superaram sua trágica história, e têm escrito sobre ela extensivamente em suas memórias.
6. Natalie Wood
Nascida Natalia “Natasha” Zakharenko, sua mãe, Maria, queria desesperadamente que sua filha se tornasse uma estrela. “Deus a criou, mas eu a inventei”, foi sua afirmação. E é verdade: a persona cuidadosamente elaborada da atriz, até seu nome “Natalie Wood”, foram ideia da mãe. Sua estratégia funcionou, para melhor ou pior.
Quando Natalie tinha cinco anos de idade, Maria conseguiu um papel para ela no filme “Happy Land”. Logo, ela se tornou uma atriz mirim conhecida como “Natalie um take”, por causa de seu talento e profissionalismo em uma idade tão jovem. Maria estava nos bastidores, é claro. Em um determinado momento, chegou até a rasgar uma borboleta no meio na frente da garota para garantir que ela chorasse na hora certa.
Conforme Natalie cresceu, Maria usou vários métodos para mantê-la no centro das atenções, como arranjar sua filha de 15 anos para Frank Sinatra, então com 38. Quando Natalie tinha 17 anos, Maria também criou uma relação para ela com Nicholas Ray, 43 anos. Mais uma vez, as maquinações de Maria deram certo. Nicholas dirigiu “Rebel Without a Cause” e o filme demonstrou o talento de Natalie em uma nova luz, apresentando-a como uma atriz séria. Mas tanta manipulação não poderia acabar bem. Outra reunião com um ator significativamente mais velho e poderoso supostamente terminou em um estupro brutal enquanto Natalie ainda estava em sua adolescência. A história foi contada por amigos de Natalie, incluindo seu confidente de infância, Jackie Eastes, e Dennis Hopper, que coestrelou “Rebel Without a Cause”. Natalie supostamente tinha medo de contar à mãe o ocorrido, mas foi forçada a isso quando precisou procurar tratamento médico por conta de sangramento excessivo e dor do incidente. Seu trauma emocional só se aprofundou quando sua mãe não mostrou nenhum apoio, até pressionando Natalie para ficar em silêncio. Um amigo contou que Maria na verdade “achou ótimo” que Natalie passasse mais tempo com o homem que supostamente a estuprou, já que ele poderia avançar sua carreira.
Natalie sofreu com abuso de álcool e teve vários relacionamentos tumultuados com famosos. Ela tentou se suicidar em 1966, o que fez com que precisasse de psicanálise diariamente durante anos. Depois de se tornar mãe, ela colocou Hollywood de lado para criar suas duas filhas. Sua morte misteriosa em 1981 ainda aparece na mídia, 30 anos depois.
Natalie sofreu com abuso de álcool e teve vários relacionamentos tumultuados com famosos. Ela tentou se suicidar em 1966, o que fez com que precisasse de psicanálise diariamente durante anos. Depois de se tornar mãe, ela colocou Hollywood de lado para criar suas duas filhas. Sua morte misteriosa em 1981 ainda aparece na mídia, 30 anos depois.
5. Audrey Hepburn
Audrey Hepburn se tornou embaixadora da UNICEF em 1988, dizendo: “Eu posso testemunhar sobre o que a UNICEF significa para as crianças, porque eu estive entre as que receberam comida e assistência médica logo após a Segunda Guerra Mundial”. Sua infância foi profundamente afetada pela batalha: ela não se divertiu, não tinha muitos amigos nem segurança.
A atriz nasceu em 1929 de uma mãe holandesa aristocrática e de um pai britânico-irlandês. Ambos eram fascistas e ficaram do lado de Hitler quando ele ganhou o poder na Europa. O pai de Audrey abandonou a família quando ela tinha seis anos. Foi trabalhar na agência de propaganda nazista de Londres e desapareceu depois da guerra (embora tenha sido dito que Audrey o viu muitos anos depois). Essa deserção “destruiu” a garota. Mais tarde, ela disse: “Se eu pudesse tê-lo visto regularmente, eu teria sentido que ele me amava”.
Pouco depois, sua mãe trocou de alianças políticas e levou a família para a Holanda para ter mais segurança, mas o país foi ocupado pelos alemães logo que eles chegaram. A vida durante a guerra foi intensamente difícil. A comida era escassa e Hepburn sofria de desnutrição, anemia e doenças respiratórias. Seu corpo minúsculo pode ter sido resultado de uma infância com pouco alimento. Ela diz ter memórias de seus irmãos comendo biscoitos de cachorro para se manter vivos, e de trens passando cheios de crianças famintas como ela. Um de seus irmãos foi capturado e enviado para um campo de concentração nazista. Quando os alemães começaram a capturar todas as pessoas fisicamente aptas para ajudar a construir fortificações, Audrey se escondeu em um porão abandonado por muitos dias, quase morrendo de fome antes de conseguir escapar. Felizmente, a guerra terminou logo depois e Audrey recebeu ajuda da Cruz Vermelha. Ela morreu em 1993 como um ícone amado do cinema.
4. Sophia Loren
Sophia Loren nasceu em Roma, mas cresceu em Pozzuoli, perto de Nápoles, um lugar que já foi descrito como “a cidade mais esquálida da Itália”. Sua mãe e seu pai nunca se casaram mesmo tendo dois filhos, o que era muito escandaloso na Itália católica. Ele deixou a família quando Sophia era uma criança, e por isso durante toda a infância ela foi caçoada por ser bastarda. Constrangida, a mãe de Sophia teve que se mudar com seus avós. A casa era tão cheia que Sophia dividia um quarto com outras oito pessoas.
A Segunda Guerra Mundial tornou a vida ainda mais difícil para o povo de Pozzuoli. Loren tem lembranças de sua mãe pegando água do radiador do carro para que suas filhas tivessem algo para beber, cada uma tomando em uma colher para que a bebida fosse dividida corretamente. Sophia e sua irmã assistiram soldados alemães batendo e atirando em pessoas nas ruas. Sua mãe tinha que procurar alimentos para complementar a pequena quantidade de pão racionado que estava disponível.
Quando criança, Sophia era tão magra que ganhou o apelido de “palito”. Foi aos 14 anos que começou a se tornar a mulher que todos nós conhecemos: ela floresceu como uma bela flor do dia para noite, segundo seu próprio relato. Quando a mãe a colocou em um concurso de beleza, a família não tinha dinheiro suficiente para roupas novas, então sua avó usou as cortinas cor de rosa da sala de estar. Sophia foi uma das vencedoras da competição e logo se tornou a “chefe de família”. Pouco depois, conquistou a América, ganhando inclusive um Oscar de Melhor Atriz. Porém, seus anos de luta continuaram com ela. Ela chegou a dizer: “Minha vida não é um conto de fadas, e é doloroso ainda falar sobre isso”.
3. Veronica Lake
Veronica Lake foi uma deusa de Hollywood da década de 1940, mas em 1962 estava trabalhando como garçonete. Quando morreu de hepatite e lesão renal em 1973, tinha tão pouco dinheiro que um amigo precisou pagar por seu funeral.
Nascida Constance Ockelman em Brooklyn, Nova York, ela demonstrou sinais de problemas mentais ainda na infância. Foi expulsa de uma escola católica para meninas por causa de seu constante desrespeito à autoridade e recusa em seguir as regras mais básicas. Logo, seu comportamento evoluiu para padrões estranhos de fala, alucinações e paranoia, e acabou levando a um diagnóstico de esquizofrenia.
Apesar de seus problemas mentais, certamente menos compreendidos na época, sua família apoiou sua carreira de atriz. Eles haviam se mudado para Miami quando um agente de talentos a viu pela primeira vez, e por sua sugestão se mudaram para Los Angeles a fim de dar uma chance ao talento de Veronica (ou, talvez mais precisamente, a fim de explorá-la). Em 1948, quando Veronica já era um nome popular, sua mãe a processou, alegando que a estrela nunca teria sido uma atriz sem sua ajuda. Supostamente, Veronica tinha concordado em pagar a sua mãe e seu padrasto US$ 200 por semana por toda a vida.
A musa teve uma carreira curta. Apareceu em seu primeiro filme aos 17 anos, se tornou uma estrela aos 19 graças a “Viagens de Sullivan”, mas era incapaz de encontrar trabalho aos 30. Três divórcios, a morte de uma criança, a doença mental não tratada, o alcoolismo e uma natureza difícil foram alguns dos fatores que destruíram sua reputação. A mulher que tinha sido conhecida por sua beleza altiva na tela morreu alcoólatra, inchada e com dentes podres.
2. Clara Bow
Para chorar durante uma cena emocional, alguns atores puxam cabelos ou pelos, outros usam colírio. Clara Bow só pensava sobre o dia em que seu amigo de infância Johnny morreu em seus braços, queimado vivo.
Muitas pessoas cresceram em circunstâncias difíceis, mas precisamos de uma categoria nova para descrever Clara Bow. Ela nasceu na pobreza e seus pais se mudavam frequentemente entre cortiços abandonados no Brooklyn. Seu pai, Robert, era mentalmente perturbado. Lento e incapaz de manter um emprego, ele era abusivo e obcecado por sexo. Mais tarde na vida, Clara confessou que foi estuprada por ele aos 16. Pouco tempo, Robert abandonou a família, deixando a mãe de Clara, Sarah, que era doente mental, cuidando dela sozinha. Sarah era prostituta e escondia Clara enquanto entretinha clientes.
Clara escapou dessa vida com o cinema, quando ganhou um concurso de beleza e conseguiu um papel pequeno em um filme. Sarah também fazia bicos de atriz, apesar de ser garota de programa. Depois de revelar a notícia de sua vitória para Sarah, Clara acordou uma noite com uma faca de açougueiro na garganta, empunhada pela própria mãe. Sarah afirmou que assassinar Clara era melhor do que deixá-la se tornar uma prostituta. Felizmente, ela não matou a filha. Acabou mais tarde morrendo no mesmo asilo que abrigava sua mãe e irmãs.
Clara foi capaz de transcender suas origens humildes para se tornar uma das maiores estrelas de Hollywood durante os anos 1920, mas nunca superou de vez seu passado. Ela foi desprezada por muitos por causa de seu sotaque do Brooklyn e modos não refinados. Enquanto a maioria das outras celebridades gostava de ter vários parceiros sexuais e de beber, Clara fugia de tudo isso. Quando um grande escândalo sexual inteiramente falso sobre ela foi parar nos noticiários, a atriz teve um colapso nervoso. Ela deixou Hollywood aos 30 anos para se casar com Rex Bell. Em 1949, foi diagnosticada como esquizofrênica.
1. Rita Hayworth
Nascida Margarita “Rita” Carmen Cansino, o pai de Rita era um dançarino espanhol e sua mãe uma ex-garota Ziegfeld. Rita começou a dançar profissionalmente aos 10 anos e logo a família mudou-se para Los Angeles para arranjar mais trabalho. Aos 14, Rita estava se apresentando com seu pai em casas noturnas. Esse era um arranjo estranho, para dizer o mínimo. O pai de Rita a apresentava como sua esposa, e a ensinou a provocar o público. O trabalho de palco apenas insinuava o que acontecia nos bastidores: Rita era vítima constante de estupro e abuso de seu pai desde a infância.
A mãe de Rita tentou oferecer proteção ao compartilhar a cama com a filha à noite, mas o pai continuava encontrando maneiras de abusar dela. Em um esforço para escapar, com 18 anos Rita casou-se com Eddie Judson, de 41. Eddie, nas palavras de Rita, a viu como “um investimento”. Mesmo que ela já houvesse aparecido em filmes como Rita Consuelo, na maior parte como uma dançarina, Eddie decidiu que um olhar menos “étnico” iria aumentar suas chances de sucesso. Assim, depois de tinturas e outros tratamentos, nasceu Rita Hayworth.
Eddie também abusava de Rita. Ele a “emprestava” para homens que poderiam avançar sua carreira, era controlador e ameaçou desfigurá-la com soda cáustica se Rita o deixasse. Ela acabou deixando-o mesmo assim, apesar de ter perdido todo o seu dinheiro para ele no processo. Seu segundo casamento com Orson Welles também terminou mal. Ele a traiu dentro de dois anos. Mais tarde, Welles contou histórias sobre os ataques de raiva e as alterações de personalidade de Rita, ambas manifestações de seu abuso na infância. No fim das contas, ela casou-se cinco vezes – e todos os casamentos falharam. Também teve duas filhas que ficavam mudando de mãos enquanto ela saía com homens.
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